“Um
outro tratado”
AVENTURA
DE RPG INTERDISCIPLINAR
Artes Visuais e
História
Autores:
Hugo Ferreira de Lima
Pablo Emmanuel de Lima
Karoline Raquel de Aquino
O Tratado de Petrópolis:
Esta
aventura se baseia no Tratado de Petrópolis, assinado a 17 de
novembro de 1903 entre os governos do Brasil e da Bolívia. É um
Tratado de Permuta que resultou na entrega do território do Acre,
efetivamente ocupado pelos seringueiros brasileiros durante a corrida
à borracha da floresta amazónica. Em troca, o Brasil cedia as
terras na foz do rio Abuña e na bacia do rio Paraguai. Tinha ainda
de pagar uma compensação monetária de 2 milhões de libras
esterlinas. O Brasil também se comprometia a ceder a navegação nos
rios brasileiros para chegar ao oceano Atlântico e a Bolívia
adquiria o direito de abrir alfândegas em Belém, Manaus, Corumbá e
noutros pontos da fronteira. O mesmo se passava com o Brasil em
território boliviano. O estado brasileiro tinha ainda de construir
uma linha de caminho de ferro, que ficou pronta em 1912, desde o
porto de Santo António, no rio Madeira, até Guarajá-Mirim, no
Mamoré, com um ramal até território boliviano. Em consequência
deste tratado, os limites de fronteira com o Peru foram também
redefinidos.
Personagens
do Mestre
A Peruana
É uma mulher misteriosa. Veste as roupas tradicionais do Perú e
fala espanhol e português. Aparece misteriosamente e desaparece
misteriosamente. Se o mestre desejar poderá inseri-la em outros
momentos da história para amarrar pontas soltas ou orientar os
jogadores para qual caminho seguir.
José Plácido de Castro
Ilustração 1:
Plácido de Castro - foto de Percy Fawcett, 1907
Plácido de Castro estava demarcando o seringal Victoria',
quando ficou sabendo do que estava ocorrendo pelos jornais, e viu
nisto uma ameaça à integridade do Brasil. Enquanto arregimentava
combatentes, o governo do Brasil reconheceu os direitos bolivianos
sobre o Acre. Iniciou então um movimento armado contra a Bolívia,
pela posse da região.
O governo boliviano enviou um contigente de 400 homens, comandados
por Rosendo Rojas. Plácido, com 60 seringueiros, enfrentou a tropa,
mas foi fortificado no seringal Empreza (hoje atual Rio Branco),
desta vez saindo vencedor. Depois, venceu guarnições bolivianas em
Empreza e Puerto Alonso (atual Porto Acre), onde se renderam o
general Ibañes e seus soldados. O presidente da Bolívia, general
José Manuel Pando, decide então acabar com a revolta e, no comando
das tropas, vai ao ataque de Plácido, sem sucesso.
Plácido, que na época tinha 27 anos de idade, liderou uma forte
revolução com mais de 30 mil homens, vencendo as tropas bolivianas,
com quase 100 mil soldados oficiais, e proclamando, pela terceira e
última vez, o Estado Independente do Acre, tornando-se presidente do
novo país.
Em 1903, através do Tratado de Petrópolis, o Acre foi anexado ao
Brasil e o Estado Independente foi dissolvido. Em 1906, Plácido foi
nomeado governador do Território do Acre. Depois, viajou para o Rio
de Janeiro, para visitar a família. Na então capital federal,
ofereceram-lhe os galões de coronel da Guarda Nacional, mas Plácido
rejeitou. Quando de seu retorno ao Acre, foi nomeado prefeito da
Região do Alto Acre.
José Maria da Silva Paranhos Júnior
- Barão do Rio Branco
Ilustração 2: José
Maria da Silva Paranhos Júnior - Barão do Rio Branco
José Maria da Silva Paranhos Júnior recebeu o título de
barão do Rio Branco às vésperas do fim do período imperial, mas
continuou a utilizar o título "Rio Branco" em sua
assinatura mesmo após a proclamação da república, em 1889. Isso
se deu por ser um monarquista convicto e para homenagear seu falecido
pai, o senador e diplomata José Maria da Silva Paranhos, Visconde do
Rio Branco.
Sua maior contribuição ao país foi a consolidação das fronteiras
brasileiras, em especl por meio de processos de arbitramento ou de
negociações bilaterais, dos quais se destacam três questões de
fronteiras:
Obteve uma vitória sobre a França sobre a fronteira do Amapá com a
Guiana Francesa, causa ganha pelo Brasil em 1900 em uma arbitragem do
governo suíço. A fronteira foi definida no rio Oiapoque.
Ilustração 3: Selo
do Barão do Rio Branco
Em 1895, havia já conseguido assegurar para o Brasil boa
parte do território dos estados de Santa Catarina e Paraná, em
litígio contra a Argentina no que ficou conhecido como a questão de
Palmas. Essa primeira arbitragem foi decidida pelo presidente
norte-americano Grover Cleveland, e teve como opositor pelo lado da
Argentina Estanislau Zeballos, que mais tarde se tornou ministro do
exterior argentino e durante muito tempo acusou Rio Branco de
perseguir uma política imperialista.
Foi o prestígio obtido nesses dois casos que fez com que Rodrigues
Alves escolhesse Paranhos para o posto máximo da diplomacia em 1902,
quando o Brasil estava justamente envolvido em uma questão de
fronteiras, desta vez com a Bolívia.
Esta tentava arrendar uma parte do seu território a um consórcio
empresarial anglo - americano. A terra não era reclamada pelo
Brasil, mas era ocupada quase que integralmente por colonos
brasileiros, que liderados por Plácido de Castro resistiam às
tentativas bolivianas de expulsá-los, episódio que ficou conhecido
como "Revolução Acreana".
Em 1903, assinou com a Bolívia o tratado de Petrópolis, pondo fim
ao conflito dos dois países em relação ao território do Acre, que
passou a pertencer ao Brasil mediante compensação econômica e
pequenas concessões territoriais. Esta é a mais conhecida obra
diplomática de Rio Branco, cujo nome foi dado à capital daquele
território (hoje estado).
Por ajudar na consolidação do território nacional sempre buscando
soluções pacíficas para os conflitos com os vizinhos do Brasil o
Barão do Rio Branco é considerado o patrono da diplomacia
brasileira.
“Um
outro tratado”: A aventura
Um
Outro Tratado é uma aventura pronta, criada para conduzir a história
com os jogadores.
Cenário:
O Acre possuia uma extensão territorial de 152.581,4 km², mas em 3 de
abril de 2008, uma decisão unânime dos ministros do Supremo Tribunal
Federal, colocou fim ao litígio de oito anos entre Acre e Amazonas,
alterando os limites da Linha Cunha Gomes e incorporando ao estado,
aproximadamente, 1,2 milhão de hectares (parte de municípios amazonenses
como Guajará, Ipixuna, Eurunepé, Lábrea e Boca do Acre). Portanto, hoje
o Acre possui um território de 164.221,36 km² (16.422.136 ha). Sua
extensão territorial é de 445 Km no sentido norte-sul e 809 km entre
seus extremos leste-oeste. Correspondente a 4% da área amazônica
brasileira e a 1,9% do território nacional.
1
O estado é composto por 22 municípios e a partir de 1999, visando uma
melhor gestão, divide-se, politicamente, em regionais de
desenvolvimento: Alto Acre, Baixo Acre, Purus, Tarauacá/Envira e Juruá,
que correspondem às microrregiões estabelecidas pelo IBGE e seguem a
distribuição das bacias hidrográficas dos principais rios acreanos.
Clima
O clima do Acre é quente e úmido com duas estações: seca e chuvosa. A
estação seca estende-se de maio a outubro e é comum ocorrer “friagens”,
fenômeno efêmero, porém muito comum na região. A estação chuvosa é
caracterizada por chuvas constantes, que prolongam-se de novembro a
abril. A umidade relativa apresenta-se com médias mensais em torno de
80-90% com níveis elevados durante todo o ano.
Os totais pluviométricos anuais variam entre 1600 mm e 2750 mm, e
tendem a aumentar no sentido Sudeste-Noroeste. As precipitações, na
maior parte do estado, são abundantes e sem uma estação seca nítida. Os
meses de junho, julho e agosto são os menos chuvosos.
A temperatura média anual fica em torno de 24,5°C, mas a máxima pode
ficar em torno de 32°C. A temperatura mínima varia de local para local
em função da maior ou menor exposição aos sistemas extratropicais.
Hidrografia
No Acre, a drenagem é feita por extensos rios de direção
Sudoeste-Nordeste e, todos pertencem à rede hidrográfica do Rio
Amazonas. Os rios apresentam paralelismo e mudanças de direções dos seus
cursos, uma característica bastante comum resultante das falhas e
fraturas geológicas.
Na parte central do estado, os principais cursos dágua são o Rio
Tarauacá, o Purus com seus principais afluentes pela margem direita, o
Chandless e seu tributário Iaco com seu afluente pela margem esquerda, o
Rio Macauã e o Rio Acre com seu subsdiário, o Antimari.
A noroeste encontramos os rios Gregrório, Tarauacá, Muru, Envira e
Jurupari. A oeste do estado estão presentes o Rio Juruá e seus
principais afluentes Moa, Juruá Mirim, Paraná dos Moura, Ouro Preto,
pela margem esquerda, o Valparaíso, Humaitá e Tejo, pela margem direita.
As duas principais bacias do estado são a do Acre-Purus e a do Juruá.
- Bacia do Acre-Purus: o Rio Purus nasce no Peru e entra no Brasil com
a direção Sudoeste-Nordeste, é o segundo maior representante da
drenagem do estado. À altura do paralelo de 09000’S, inflete de
Oeste-Sul-Oeste para Leste-Norte-Leste, mantendo esta direção até
receber o Rio Acre. Posterior a este ponto, retoma a direção anterior
Sudoeste para Nordeste até penetrar no estado do Amazonas. Apresenta um
curso extremamente sinuoso e meândrico estendendo-se pelas extensa e
contínuas faixas de planícies.
- Bacia do Juruá: O Rio Juruá drena uma área de 25.000 km² dentro do
estado. Nasce no Peru com o nome de Paxiúba a 453 m de altitude,
unindo-se depois com o Salambô e formando então o Juruá. Ele atravessa a
parte noroeste do estado, sentido S-N, entra no Amazonas e despeja suas
águas no Rio Solimões. O Juruá é um rio de planície, com todas as
caracterísitcas de correntes de pequeno declive.
Vegetação
Cobertura original das margens do rio Juruá
Foram identificadas no estado, onze tipologias florestais: Floresta
Aberta com Palmeira das Áreas Aluviais (5,48%), Floresta Aberta com
Palmeiras (7,77%), Floresta Aberta com Palmeiras e Floresta Densa
(12,12%), Floresta Densa e Floresta Aberta com Palmeiras (7,20%).
Floresta Densa (0,53%), Floresta Densa Submontana (0,47%). O bambu (ou
"tabocal") ocorre em cinco tipologias: Floresta Aberta com Bambu
Dominante (9,40%), Floresta Aberta com Bambu e Floresta Aberta com
Palmeira (26,20%),Floresta Aberta com Palmeira e Floresta Aberta com
Bambu (21,02%), Floresta Aberta com Bambu em Áreas Aluviais (2,04%),
Floresta com Bambu e Floresta Densa (0,36%).
3
O Acre é o quarto estado, na Amazônia Legal, com a maior preservação
da cobertura florestal, com 11,3% de seu território desflorestado. Esta
taxa global é muito inferior à taxa da região, que atingiu 16,3%. Em
relação aos estados da região, o Acre somente fica atrás de Roraima, que
tem grande parte de seu território ocupado por Reservas indígenas; do
Amapá, cuja população é basicamente urbana e Tocantins cuja ação
antrópica situa-se maciçamente no cerrado.
Em
1895 foi nomeada uma comissão visando definir os limites entre Brasil e
Bolívia de acordo com o Tratado de Ayacucho, de 1867. Thaumaturgo de
Azevedo, percebeu que a Bolívia ficaria com uma região rica em látex,
que estava quase totalmente ocupada por brasileiros e denunciou ao
governo federal o prejuízo daí decorrente, já que o Brasil perderia o
alto rio Acre, quase todo o Iaco e o Alto Purus.
Após ter o
reconhecimento legal destas fronteiras, a Bolívia enviou para o Alto
Acre uma expedição comandada pelo Major Benigno Gamarra, onde passaram
por inúmeras dificuldades, inclusive de alimentação. Em 12 de setembro
de 1898, o Piquete conseguiu chegar ao seringal Carmen, dirigindo-se
logo depois à vila de Xapuri, onde pretendia fundar uma delegação
nacional. Em 30 de novembro de 1898, o coronel da Guarda Nacional Manuel
Felício Maciel, intimou os bolivianos para que se retirassem.
Em 2
de janeiro de 1899 chegou ao Acre o ministro plenipotenciário boliviano,
Dom José Paravicini. Ele efetivamente instalou uma aduana e um povoado
denominado Puerto Alonso em terras do Seringal Caquetá. Paravicini
exerceu sua autoridade de forma rígida, como a abertura dos rios
amazônicos ao comércio internacional, que feria profundamente a
soberania brasileira. Uma revolta começou então a se erguer entre
seringalistas e seringueiros brasileiros enquanto aumentavam as
denúncias de violências contra brasileiros. Com a partida do ministro
boliviano para Belém, depois dos chamados "Cem dias de Paravicini", os
acreanos decidiram se unir para lutar contra a dominação boliviana.
Em
1º de maio de 1899 alguns seringalistas decidiram que era chegada a
hora de expulsar o delegado boliviano Moisés Santivanez, que havia
substituído Paravicini no comando de Puerto Alonso. As autoridades
bolivianas não resistiram e partiram para Manaus. Foi então estabelecida
uma Junta Central Revolucionária.
Em
Belém, o repórter Luis Galvez denunciou nos jornais paraenses
(03/06/1899) a existência de um acordo secreto entre Bolívia e Estados
Unidos e em caso de guerra entre o Brasil e a Bolívia pelo Acre, os
Estados Unidos apoiariam a Bolívia. Esta revelação chocou a opinião
pública brasileira, mas foi negada pelas autoridades bolivianas e
norte-americanas.
Após muitas negociações, Galvez viajou ao Acre com
patrocínio do governo do Amazonas. De seu encontro com a chamada Junta
Revolucionária surgiu a intenção de se fundar o Estado Independente do
Acre. Em 14 de julho de 1899 foi criado o Estado Independente do Acre,
com capital na Cidade do Acre (Puerto Alonso). Luis Galvez foi escolhido
presidente do novo país, e imediatamente começou a expedir
correspondências à países da Europa e América, a fim de obter o
reconhecimento internacional.
A
Legislação que Galvez elaborou era em grande parte bastante avançada
para a época, o prejudicava os interesses de alguns seringalistas,
aviadores e exportadores de Manaus e Belém.
Galvez foi deposto em 28
de dezembro de 1899 pelo seringalista Antônio de Souza Braga, que
assumiu a Presidência. Braga não conseguiu equilibrar a situação e
Galvez reassumiu em 30 de janeiro de 1900. A partir desses
acontecimentos o governo federal do Brasil mandou para o Acre uma força
tarefa para destituir Galvez e devolver o Acre à Bolívia, o que
aconteceu em 15 de março de 1900, sem nenhuma resistência por parte dos
revolucionários.
A Bolívia reassumiu o Acre. Por outro lado, o
governo do Amazonas, com o firme objetivo de anexar o Acre a seu estado,
financiou a Expedição Floriano Peixoto, uma expedição armada, mas
composta por boêmios e profissionais liberais de Manaus, sem nenhuma
experiência militar. O combate entre a “Expedição dos Poetas” e o
exército boliviano ocorreu em 29 de dezembro de 1900, em Puerto Alonso,
com a derrota dos poetas, que voltaram para Manaus.
Finalmente, em 11
de julho de 1901 foi assinado pela Bolívia o contrato de arrendamento
do Acre com um sindicato formado por capitalistas norte-americanos e
ingleses. Logo depois chegou ao Acre D. Lino Romero, autoridade
boliviana encarregada de preparar o estabelecimento do Bolivian
Syndicate, notícia esta que repercutiu muito junto à opinião pública e
que forçou o governo federal a finalmente se posicionar na questão,
impedindo a efetiva instalação dessa Companhia Comercial. A manobra
impediu que o imperialismo norte-americano assumisse o controle
territorial (e militar inclusive) de uma das regiões mais ricas da
Amazônia.
Diante
dos fracassos anteriores e da indecisão do governo federal, os
seringalistas, insatisfeitos com a dominação boliviana e temerosa das
conseqüências do Bolivian Syndicate, articularam uma nova revolta. Outra
vez receberam financiamento do governo do Amazonas, para cujo comando
foi convidado um homem com experiência militar. Plácido de Castro
assumiu a revolução e preparou um exército de seringueiros, começando a
luta em 6 de agosto de 1902, em Xapuri em uma guerra que durou até 24 de
janeiro de 1903, quando foi tomada Puerto Alonso, transformadas então
em Porto Acre. Novamente foi declarado o Estado Independente do Acre,
embora o objetivo final dos acreanos continuasse sendo obter a anexação
do Acre ao Brasil.
Se Campos Sales (1898/1902) não quis envolver a
problemática república brasileira na questão acreana, o novo Presidente
Rodrigues Alves (1902/1906) estabeleceu uma política oposta. Rio Branco,
nomeado ministro das Relações Exteriores, iniciou as negociações com a
Bolívia. As questões foram resolvidas com o estabelecimento do Tratado
de Petrópolis, em 17 de novembro de 1903 e assim o Acre passou a fazer
parte do Brasil, restando ainda o problema com o Peru, que só seria
definitivamente resolvido em 8 de setembro de 1909, com a assinatura do
Tratado do Rio de Janeiro.
Para ler:A Saga de Chico Mendes. (Clenaldo Freire) http://www.4shared.com/file/35502731/2eec86d9/A_SAGA_DE_CHICO_MENDES_-_Clenaldo_Freire_Monteiro.html
História de Cruzeiro do Sul http://www.senado.gov.br/web/senador/geraldomesquita/Textos/cruzeiro.pdf
A margem da História (Euclides da Cunha)http://www2.senado.gov.br/bdsf/bitstream/id/1038/4/573595.pdf
Barão de Rio Branco visto por seus contemporâneoshttp://www.4shared.com/file/22749588/d1048d02/O_barao_do_rio_branco_visto_por_seus_contemporaneos.html
Brava Gente Acreana – Vol I 2008Senado Federal – Gabinete do Senador Geraldo Mesquita Júnior
Acre em números
http://www.ac.gov.br/index2.php?option=com_docman&task=doc_view&gid=21&Itemid=99999999
Para acessar:
Site - Biblioteca da Floresta Marina Silva
http://www.bibliotecadafloresta.ac.gov.br/biblioteca/Estudando a história
http://eduardoeginacarli.blogspot.com/Índios do Acre
http://www.rosanevolpatto.trd.br/lendaindiosacre.htmlAmazônia – De Galvez a Chico Mendes
http://amazonia.globo.com/De Galvez a Chico Mendes: o discurso branco na tela da Globo
http://www.duplipensar.net/artigos/2007/minisserie-amazonia-de-galvez-a-chico-mendes-o-discurso-branco-na-tela-da-globo.htmlHistória do Acre – (Wikipédia)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Acre
História do Acre – (Globo)
http://www.historiadoacre.globolog.com.br/
O mito fundador do Acre
http://www.duplipensar.net/artigos/2007s1/mito-fundador-do-acre.html
Para ver:
Amazônia - Cap I
http://www.youtube.com/watch?gl=BR&hl=pt&v=l1k42ni8LQs&feature=related
Epopéia Euclidiana
http://www.youtube.com/watch?gl=BR&hl=pt&v=EZBheOCfRDA&feature=PlayList&p=DD6059ABE22B49C9&index=0&playnext=1Hino Acreano com imagens
http://www.youtube.com/watch?v=iJxWxyAumpE
Tributo a Chico Mendes
http://www.youtube.com/watch?v=Oq7bwKCnFdw&feature=related
Celebridades Brasileiras – Chico Mendes
http://www.youtube.com/watch?v=2qPAtW0Ig1Q&feature=related
Para ouvir:
Ouça o
hino do Estado do Acre (Versão WMA - 1,3 Mb)Ouça o
hino do Estado do Acre (Versão MP3 - 3,9 Mb)
Cena 01 - A missão
Nossa aventura começa em qualquer ponto do Brasil. Deixe que os
jogadores escolham a cidade em que moram. Reúna os jogadores.
A mulher deve contar que descobriu um grande tesouro e precisa que os
jogadores partam para o Acre, onde encontrarão o tesouro. Caso
algum jogador se negue a partir em busca do tesouro o mestre deve
encontrar na história dos personagens algo para “convencê-los 'a
aventura”. Um parente sequestrado ou viagem grátis de avião,
ganhada por “coincidência” fazem milagres na hora de motivar.
Quem trabalha pode ter de ir a negócios.
Se os jogadores não tiverem nenhuma ligação, crie um evento que
possa reunir diferentes pessoas. Pode começar a reuni-los no próprio
voo, colocando-os lado a lado no avião. Já em Rio Branco, crie uma
reunião de negócios, um convite irrecusável de um amigo em comum,
etc. Uma mulher vestida com roupas tipicamente peruanas deve procurar
cada um dos jogadores (ou todos se estiverem reunidos). Descreva-a
como enigmática e sábia, com olhos fundos e penetrantes. Ela parece
sempre saber de algo mais.
Cena
02 - Uma tarde no museu
Os jogadores recebem um estranho envelope, com palavras em espanhol
antigo e figuras incas. Dentro do envelope recebem o primeiro
enigma, um mapa e uma frase:
“Onde a borracha ainda pode ser vista por todos, encontrará na
mente do seringueiro o que ninguém mais viu.”
Faça um teste com os dados e veja se os jogadores conseguem
decifrar. Caso eles decifrem de imediato não precisa teste. Eles
devem se dirigir ao Museu da Borracha.
Após alguma procura, o personagem com maior percepção deverá
encontrar numa Poronga (espécie de capacete usada pelos
seringueiros para clarear o camingo) um bilhete:
“O tratado estabeleceu definitivamente as fronteiras entre Brasil e
Bolívia, compensando a anexação do Acre por meio da cessão de
pequenos territórios próximos à foz do rio Abunã (numa região
próxima ao Acre) e na bacia do rio Paraguai, do pagamento da quantia
de 2 milhões de libras esterlinas, o correspondente a, atualmente,
630 milhões de reais. Este dinheiro está perdido e espera por um
novo dono.”
Cena
03 – Uma conspiração
Enquanto conversam, os jogadores devem ser interrompidos pela
estranha mulher, que aparece inesperadamente, assustando os
jogadores. Faça com que alguma peça se mova, sopre um vento ou que
caia algo antes de ela aparecer. Isso criará um suspense.
A mulher irá dizer que tem um aviso importante aos jogadores.
“Vocês precisam fugir... Eles estão atrás de vocês”.
Por mais que os personagens insistam ela não dirá quem são “eles”.
Crie um distúrbio e quando os jogadores se distrairem, faça a
mulher desaparecer.
Ao notarem que ela sumiu, irão ouvir apenas a frase:
“Eles querem sua terra de volta. O dinheiro será de vocês se o
encontrarem, mas não deixe que peguem o sol.”
Neste momento os jogadores serão surpreendidos por um bando de
homens encapuzados, que entram no museu apontando armas. O único
modo de fugir será com luta, mas não permita que os jogadores
morram e na confusão faça um teste de percepção com todos. O que
tiver maio pontuação verá um outro envelope, exatamente igual ao
que receberam no bolso de um dos homens. Ele está caído e é fácil
pegar o envelope. Se nenhum jogador mostrar interesse em pegá-lo,
uma leve brisa o jogará aos pés de um deles.
“Na espada de Plácido de Castro está o sol que brilha mais que
ouro”
Cena 04 – A Espada de Plácido de Castro.
Os jogadores podem se lembrar que há uma estátua do herói na
praça da cidade. Se não se lembrarem faça um teste.
Na praça os jogaores devem encontrar a estátua, mas descobrirão
que ela está sem espada.
“Foi roubada”, diz um flanelinha próximo.
Os personagens podem perceber que há um homem com um grande
sobretudo saindo sorrateiramente de perto deles. Se não perceberem
(Jogue os dados) nada ocorre e eles passam para a próxima cena. Se
perceberem, encontrarão com ele a espada, que acaba de ser roubada.
Mas é uma pista falsa, não há nada nela.
Cena 05 – Descanso e Morte
Está anoitecendo, os jogadores devem ir para um hotel descansar. No
meio da noite escutam tiros e um grito alto em espamhol.
Quem sair do hotel ou olhar pela janela encontrará a mulher peruana
caída ao chão. Ela não está morta, mas aponta para um homem ao
longe, antes de cair morta. Ele sai correndo. Em sua mão há uma
espingarda. Se o perseguirem siga para a cena 06. Se não, vá para
a cena 07.
Cena 06 - Plácido de Castro
Quando um dos jogadores pegarem o homem descobrirá que não era uma
espingarda, mas uma bengala e ele corria para pegar o ônibus. Se
houver algum tipo de ataque a ele ou ele cair, uma carta de baralho
caíra de sua mão. Um ás de ESPADA. A carta é peruana e tem um sol
desenhado em seu meio.
Os jogadores devem descobrir que ele se diz ser o próprio Plácido
de Castro. E em nenhum momento ele conversará com eles sem se
referir a si mesmo como tal. A cada questionamento dos jogadores ele
deverá contar histórias de quando era jovem.
“Quando eu tinha 27 anos, liderrei uma forte revolução com
mais de 30 mil homens, vencendo as tropas bolivianas, com quase 100
mil soldados oficiais, e proclamando, pela terceira e última vez, o
Estado Independente do Acre. Fui o presidente disso aqui. Um novo
país chamado Acre! ”
“Em 1903, através do Tratado de Petrópolis, o Acre foi anexado
ao Brasil e o Estado Independente foi dissolvido. Em 1906 fui nomeado
governador do Território do Acre”
O homem não fará questão da sua carta, dirá que ganhou de seu
colega Barão do Rio Branco e diz onde encontrá-lo. Se os
personagens não falaram com ele vá para cena 07. Se já falaram com
ele, cena 08.
Cena 07 – Barão do Rio Branco
Um homem passa pelos jogadores. Chama um deles para conversar.
“Eu sou famoso! Em 1903, assinei com a Bolívia o tratado de
Petrópolis, pondo fim ao conflito dos dois países em relação ao
território do Acre, que passou a pertencer ao Brasil mediante
compensação econômica e pequenas concessões territoriais. Meu
nome é Barão, muito prazer. Barão do Rio Branco..”
Após falar com os jogadores alguns minutos completará:
“ Por ajudar na consolidação do território nacional sempre
buscando soluções pacíficas para os conflitos com os vizinhos do
Brasil, eu fui considerado o patrono da diplomacia brasileira. Se
duvirarem podem perguntar a meu amigo Plácido de Castro.”
Se os jogadores já falaram com Plácido vá para a cena 08. Se não,
ele mandará falarem com ele. Volte para a cena 06.
Cena 08. A conspiração
Na carta há uma pequena inscrição numérica, indicando a latitude
e longitude de algo (teste de percepção para este fato). Ao chegar
no local, (um dos geoglifos do estado, próximo ao município de
Bujari), encontrarão um grupo de peruanos rezando para o Sol em
forma de círculo. No centro deles há uma caixa de madeira fechada.
Eles se dirão “descendentes dos imperadores do Acre”, e portanto
desejam recuperar suas terras. Eles acreditam que haverá um
alinhamento de astros que fará a verdade vir a tona. Para eles,
quando o sol bater exatamente sobre a caixa, ela se abrirá e
revelará o segredo que os devolverá seu país. Os jogadores deverão
conseguir a caixa. Podem tentar pela diplomacia, luta, etc. Ou, podem
simplesmente esperar e ver se a caixa se abre mesmo... Se ela não se
abrir, os homens irão embora abandonando-a e a seus anseios.
Dentro da caixa, os jogadores irão encontrar os documentos que
falam sobre o tratado de petrópolis (originais) e 2 milhões de
libras esterlinas. Se o dinheiro ainda vale alguma coisa é uma outra
história...