Os Simpósios de RPG
& Educação em São Paulo têm sido não só uma oportunidade de se debater o
assunto, como também para se trocar experiências e incentivar ações que
discutam a inter-relação do RPG com a educação, oportunidades para educadores
realizarem e participarem de oficinas, palestras e mesas redondas.
A utilização do RPG na escola é
ainda uma proposta recente no Brasil. Andrade, Klimick e Ricón (1992)
desenvolveram o que pode ser considerada a primeira aplicação do RPG como uma
ferramenta de ensino-aprendizagem. Criaram uma ambientação de jogo que comporta
o Brasil Colonial e respeita todos os fatos históricos e sociais presentes em
tal época. É um jogo bastante utilizado por professores de história na rede de
ensino fundamental como um auxílio aos seus recursos didáticos. Mas, foi com a
realização do primeiro Simpósio de RPG & Educação, organizado pela Ludus
Culturalis (ONG) e pela Devir (editora), em 2002, que a presença do RPG no
ambiente escolar como ferramenta pedagógica pôde ser reconhecida e trabalhada
em seus principais aspectos por profissionais da Educação e da Psicologia
(FERREIRA-COSTA, 2009, p. 109-110).
O primeiro simpósio,
realizado em 2002, rendeu o Anais do I Simpósio RPG & Educação. Este
registro reuniu algumas ideias de diversos pesquisadores, que já eram ou se
tornariam importantes referências nessa área, como o próprio Alfeu Marcatto,
Carlos E. Klimick Pereira, Carlos Eduardo Lourenço, Maria do Carmo Zanini,
entre outros. O primeiro simpósio foi uma oportunidade histórica para o jogo e
a educação e até hoje se percebe a influência das ideias apresentadas nele
refletindo em diversos estudos.
Conversávamos no
intervalo sobre a questão da falta de referências para se estudar RPG, a
necessidade de sistematizarmos as pesquisas, de estudarmos o RPG por meio do olhar
acadêmico e científico. Sentimos muita dificuldade para encontrar fontes
(HIGUCHI, 2004, p. 259).
A citação acima fez
parte da mesa redonda A Leitura na
Escola: Problemas e Soluções, que fez parte do I Simpósio RPG &
Educação e retrata bem aquilo que foi delineado nas linhas anteriores e também
nas próximas, já que hoje, com o aumento das pesquisas, esta rede de estudiosos
tem se elevado, abrindo novas possibilidades de investigação e fornecendo
subsídios mais concretos para a atuação do professor em sala de aula.
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