quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Outras possibilidades

O problema de seu uso educativo é que ele não foi preparado para isso, pois o material foi feito para de uma (aventura solo) a um pequeno grupo (eu arriscaria dizer que até seis pessoas para um grupo iniciante). Portanto seu uso por um professor numa sala de quarenta alunos ou mais fica praticamente inviável, mas pode ser utilizado como material de suporte ou em atividades extra-classe como grupos de jogo na biblioteca (SCHMIT, 2008, p. 124).
Esta dificuldade apontada por Schmit (2008) com relação à grande quantidade de alunos por sala se repete em diversos trabalhos e se mostra uma preocupação legítima dos educadores, pois ainda existem muitas salas de aula superlotadas e com graves problemas de indisciplina e conversas paralelas.
O RPG voltado à diversão normalmente é jogado em grupos pequenos de seis a oito pessoas, e numa classe temos 30 ou 40 alunos. A primeira regra é a simplificação. Devemos optar sempre pela simplicidade, e não pela complexidade (MARCATTO, 2004, p. 163).
Outras alternativas que surgem para a questão seguem a mesma ideia, como a separação dos alunos em pequenos grupos com média de seis alunos, ficando cada grupo responsável pelas ações de um único personagem.
Uma opção é dividir os alunos em seis grupos, sendo que cada grupo brincará interpretando um dos seis personagens, decidindo em conjunto ou de forma individual e alternada o que este fará em cada momento da aventura. Poderia ser, por exemplo, um personagem por fileira de carteiras (LOURENÇO, 2004, p.37).
Além desses casos citados, que exemplificam um fértil campo de estudos, existem outras pesquisas que apresentam resultados positivos em diferentes áreas, tais como Inglês (LUIZ, 2011), Psicologia (FRIAS, 2009), História (MORAIS, 2012), entre outros que servem para criar uma base concreta para dar prosseguimento prático a esta pesquisa. Porém, embora já existam muitos trabalhos estudando a prática do RPG na Educação, como pudemos ver acima, por ser um campo ainda em fase de amadurecimento, ainda possui diversas possibilidades não exploradas.
No entanto há uma lacuna, em nosso entender, na bibliografia usualmente encontrada na área. Os estudos mais difundidos sobre os jogos na educação focam sua utilização na educação infantil, sem abranger o potencial educativo encontrado nas atividades lúdicas para o público juvenil e adulto. Destarte percebemos que o RPG é pouco conhecido não apenas pelo público em geral, mas também desconhecido por grande parte de pesquisadores e professores, o que constitui parte das dificuldades de nosso estudo (VASQUES, 2008, p. 12).
Desta forma continuo esta pesquisa na perspectiva de que, mesmo existindo lacunas a preencher, já existem estudos suficientes para afirmar que o RPG possa ser utilizado com sucesso na escola. Mesmo que haja diferentes visões sobre a forma como isto deva ser feito no ambiente, isto é natural, por ser um campo relativamente novo de estudos no Brasil.

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