Como ainda não existe (e provavelmente, como um campo de estudos
em constante evolução, nem vá existir) consenso sobre a melhor forma de se
levar o RPG à escola, alguns educadores buscaram desenvolver sistemas de jogo
pedagógicos, que pudessem facilitar a entrada do professor/educador no mundo do
RPG. “É preciso, portanto, que se tenha um jogo que ao mesmo tempo seja
cooperativo e possibilite a construção do conhecimento que o professor tenha
como objetivo” (RYIYS, 2004, p. 10).
Entre estes sistemas destaco o F.L.E.R[1], o SIMPLES e o ZIP, pela
simplicidade destes sistemas, que chegam a ter em alguns casos não mais que
duas páginas, como o ZIP. “Todos os testes são realizados com
uma moeda. Tudo que o mestre tem de fazer é decidir o nível de dificuldade para
a ação que o personagem realizará e se terá que jogar a moeda uma ou duas
vezes.” (Zip RPG - adaptado para o uso em educação. Versão 1.2, p. 01)
Porém, embora a simplicidade seja considerada essencial para quem
está começando no RPG, a meu ver estes sistemas são mais indicados para jogadores
experientes que já possuem uma grande bagagem relacionada ao RPG e a Educação e
que podem utilizá-los para sintetizar a complexidade de uma sessão de jogo. Mas
esta é uma afirmação de cunho pessoal e desconheço pesquisas que apontem dados
para a suposição. Outra possibilidade pedagógica é a adaptação de sistemas
existentes pelo próprio professor.
[1] Estes três sistemas foram criados por jogadores de RPG interessados em trabalhar com o RPG na educação. Desta forma, suas regras foram simplificadas ao máximo, facilitando o trabalho do educador, que não precisa se preocupar com extensas regras de jogo.
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